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PREGAÇÕES BIBLICAS

 

 

 

                               Aprenda a rezar o Terço Bizantino

                                                   
 ** Como rezar

A ORAÇÃO através deste terço é um caminho para a libertação que o Nome de Jesus pronunciado constantemente traz ao nosso ser, em sua totalidade. Você não precisa necessariamente ter o terço bizantino para rezá-lo: um terço comum serve; o mais importante é a sua fé e a sua reta intenção. Depois de escolhido o tema, você repetirá dez vezes cada jaculatória (oração curta, de uma frase), nas contas em que se reza cada Mistério do Terço Mariano. Repita dez vezes cada jaculatória, até terminar as 50 contas dos Mistérios do Terço. Deixamos abaixo algumas sugestões de orações.


1) Como instrumento de Cura Física:

* Jesus, me ajuda;
* Jesus, me cura;
* Eu te amo, Jesus;
* Fica comigo, Jesus;
* Obrigado, Senhor!


2) Família (domingo):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, neste domingo, tem misericórdia de minha família;
* Senhor Jesus Cristo, salva minha família;
* Senhor Jesus Cristo, que minha família cresça no teu Amor;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


3) Renovação (segunda-feira):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, liberta-me do desânimo e mau humor;
* Senhor Jesus Cristo, abençoa-me nesta segunda-feira;
* Senhor Jesus Cristo, renova e alegra-me nesta segunda-feira;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


4) Depressão (terça-feira):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, nesta terça-feira, liberta-me da depressão;
* Senhor Jesus Cristo, preenche todas as áreas da minha mente com teu Amor;
* Senhor Jesus Cristo, equilibra a minha mente;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


5) Angústia (quarta-feira):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, nesta quarta-feira, liberta-me de toda angústia;
* Senhor Jesus Cristo, preenche todas as áreas do meu ser com paz;
* Senhor Jesus Cristo, equilibra-me com teu amor;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


6) Enfermidade (quinta-feira):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, nesta quinta-feira, liberta-me de toda e qualquer enfermidade;
* Senhor Jesus Cristo, visita o mais íntimo de mim e cura-me no teu Amor;
* Senhor Jesus Cristo, equilibra-me fisicamente;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


7) Trabalho (sexta-feira):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, nesta sexta-feira, abençoa meu trabalho e empreendimentos;
* Senhor Jesus Cristo, que eu possa me realizar no meu trabalho;
* Senhor Jesus Cristo, pelo teu Amor, que eu possa prosperar;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


8) Estresse (sábado):

* Senhor Jesus Cristo;
* Senhor Jesus Cristo, neste sábado, liberta-me do esgotamento e do estresse;
* Senhor Jesus Cristo, que eu possa descansar neste final de semana;
* Senhor Jesus Cristo, reanima-me com teu amor;
* Obrigado, Senhor Jesus Cristo!


Mas você não precisa se prender a essas fórmulas. Você poderá usar várias outras formas de louvor, ação de graças e súplicas, conforme o seu desejo ou sua necessidade. Exemplos: 

* Meu Jesus, misericórdia!

* Eu te amo, meu Jesus!

* Vinde Espírito Santo e remove (seu problema)!

* Sangue de Cristo, liberta (fale o nome da pessoa que você quer ajudar)!

* Deus Santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de (nome da pessoa)!

* Eu te adoro, Senhor Jesus Cristo, e ao Pai em vós, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo!

E quaisquer outras, desde que feitas dentro do contexto da fé e da doutrina cristãs, com espírito puro e adorador e com confiança no SENHOR. Abaixo, vídeos para cada dia da semana, começando pelo sábado. O Domingo, Dia do Senhor e de participar da Santa Missa, deixamos em aberto para a sua oração espontânea, - que pode ser em intenção da família, conforme sugerido acima, ou outra que seja mais urgente ou conveniente ao seu momento específico. 

 


 

Terça 24 de junho de 2014

 

 

 

 


 

 

 

 

 


 

 

 

 


 

 

 


 

 

 

 


 

 

 

                                         
                       Culto a Maria tem origem na Bíblia?
 
                                            
 
 
Pergunta: Como pode na Bíblia não existir uma menção e ordem de que se deve cultuar Maria de Nazaré, a mãe de Jesus? O próprio Jesus, em algumas circunstâncias, faz com que as pessoas elevem a figura de sua mãe acima da Sua e de Deus Pai, como objeto de veneração (Stefano).

Resposta: Caro Stefano, algumas passagens do Evangelho são, aparentemente, um culto a Maria. Uma se encontra no Evangelho de Lucas, no capítulo 11, 27-28. A uma moça que grita: “Bem-aventurado o ventre que te gerou e o seio que te amamentou”, Jesus responde: “Bem-aventurados ainda mais aqueles que escutaram a Palavra de Deus e a observaram”. Existem outras passagens similares em (Lc 8,19-21) e nos paralelos de Marcos e Mateus. Concluem com esta afirmação de Jesus: “Minha mãe e meus filhos são estes: aqueles que escutam a palavra de Deus e a colocam em prática” (Lc 8,21). Na verdade Jesus não coloca em evidência o motivo pelo qual Maria é bem-aventurada: porque escutou e observou a palavra de Deus. Foi o que Maria fez acolhendo o anúncio do anjo: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua vontade” Lc 1,37.

Contudo, no Evangelho não se veta a veneração de Maria. Aparece, antes de tudo, o início e o fundamento de um culto da primitiva comunidade cristã. Isto é evidente na saudação particular do anjo Gabriel, na expressão “cheia de graça”, que se volta a Maria por sua prima Isabel (a qual a abençoa, proclama-a abençoada e a define “mãe do meu Senhor”). Maria mesmo, no Magnificat, diz: “De agora em diante, todas as gerações me chamarão bendita”. Todas estas expressões de elogios a Maria não seriam possíveis se os primeiros cristãos não tivessem tido uma grande estima por ela. É aqui a origem da veneração a Maria, desde a origem da Igreja.

Temos também outros certificados antigos. No início dos anos 900 foi descoberto um papiro do século II e III, com uma oração a Maria feita por uma comunidade egípcia: “Sobre a tua proteção buscamos refúgio, santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas e livrai-nos de todos os perigos, Oh Virgem gloriosa e bendita”.

Aparece já o título de Theotokos, Mãe de Deus, que será definido em 431 no Concílio de Éfeso. Entre os anos de 50 e 60, o padre franciscano Bellarmino Bagatti decifrou dois escritos em grego em uma Igreja judaico-cristã sobre a casa de Maria em Nazaré. O primeiro é o testemunho mais antigo da Ave-Maria (Chaire Maria em grego), o segundo foi deixado por um peregrino que testemunha ter escrito sobre “lugar santo de Maria”.

A partir de São Justino, desenvolve-se também uma reflexão teológica sobre Maria, colocada em paralelo com Eva. Relembra uma famosa passagem de Melitone di Sardi, que em uma homilia pascal (cerca de 165), cita Maria, “o belo cordeiro” do qual vem o cordeiro da nossa redenção.

Em conclusão, o culto a Maria tem origem no texto bíblico e se desenvolve com a reflexão da Igreja, guiada pelo Espírito Santo. Não se trata porém de adoração, reservada somente a Deus, mas de veneração, ou seja, reconhecimento da sua virtude, da sua fé, do seu ter sido doce à palavra de Deus. Veneração que nos leva a imitá-la, a confiar na sua intercessão e a adorar e louvar o Senhor.



Fonte: https://blog.comshalom.org/carmadelio

 

 

 

 


 

 

Segunda 23 de junho de 2014

 

               O verdadeiro significado da Vocação Sacerdotal
                                                                                           
                                                                                          Antonio Thatler
"Nec quisquam sumit sibi honorem, sed qui vocatur a Deo tanquam Aaron" (Hb V, 4)
["Ninguém se arrogue esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Aarão"]

"Vocari autem Deo dicuntur qui a legitimis Ecclesiae ministris vocantur"
(Catecismo de Trento: Ordine.)
["São ditos chamados por Deus os que são chamados por legítimos ministros da Igreja"]
 
 
A vocação tanto no sentido lato como no sentido estrito (a vocação sacerdotal), ambas são temas de muita discussão, seja entre grupos, seja na consciência da própria pessoa.
 
Isso se dá pois desde o século XVII o sentido de vocação sacerdotal foi corrompido e se perdeu a simplicidade com que era tratado o tema antigamente.
 
O autor de "La Vocation Sacerdotale¹", o Pe. Joseph LAHITTON, ao publicar seu livro gerou diversas polêmicas no meio eclesiástico, principalmente entre reitores de seminário e teólogos, pois a explicação que expõe sobre o que é a Vocação Sacerdotal contrasta fortemente com o que a maioria das pessoas desde o século XVII (autores santos inclusos) pensam sobre o tema. Por isso, muitos deles quiseram colocar seu livro no Index e, para solucionar de vez a questão, o Papa da época, S. Pio X, resolveu criar uma comissão de cardeais para analisar o livro. Dessa comissão saiu o parecer definitivo de que o livro do Pe. LAHITTON expressa a mais ortodoxa doutrina católica sobre o tema. Mesmo assim, infelizmente, essa obra ainda é muito pouco conhecida atualmente e, conseqüentemente, a idéia errônea sobre a Vocação Sacerdotal ainda é muito difundida entre os católicos do mundo.
 
Não pretendemos abordar todo o livro neste artigo, pois ele trata exaustivamente sobre o tema e aqui nos limitamos apenas a ressaltar os pontos principais acerca da Vocação Sacerdotal tal como ela deve ser compreendida.
Primeiramente, o que pode chocar muitos, nenhum seminarista do mundo tem Vocação Sacerdotal. Mesmo os que juram de pé juntos terem "sentido" a Vocação no âmago do seu ser, ou os que dizem querer ser sacerdote desde a mais tenra idade tendo inclinação para tal, nenhum deles tem a Vocação Sacerdotal. E por quê? Porque apenas o Bispo confere o chamado sacerdotal ao chamar (vocare) o candidato ao sacerdócio no Rito da Ordenação. Apenas após receber a Ordem é que se pode dizer, em sentido próprio, que a pessoa recebeu a Vocação Sacerdotal, pois recebeu esse chamado de Deus por meio do Bispo, representante de Deus na Terra. E também é por isso que, em sentido estrito, é errado dizer que um padre pode perder a vocação ao longo da vida, pois tendo o caráter sacerdotal impresso na alma, não se o perde mais, mesmo após cometer as piores atrocidades.
 
O que querem dizer, então, quando falam que alguém tem vocação ou perdeu a vocação?
 
Deve-se entender aqui a vocação no sentido amplo da palavra, sendo sinônimo de idoneidade ao sacerdócio. Essa idoneidade, para o sacerdócio, consiste em: ser homem, batizado, com condições físicas, intelectuais e morais necessárias para exercer o sacerdócio. Logo, para buscar o sacerdócio, é preciso ter: intenção retaidoneidade intelectual e idoneidade moral. Critérios bem objetivos, nada sendo dito de fatores subjetivos tais como: inclinação ou atração ao sacerdócio, graças místicas extraordinárias, etc.
 
O autor ressalta que a vocação pode ter 3 origens:
  1. Revelação divina formal, como é o caso de S. João Bosco que teve a visão na qual cuidava de garotos e Nosso Senhor o chamava para cuidar deles.
  2. Inspiração divina, isto é, se tem um impulso da vontade pela graça em direção ao sacerdócio, sem uso das sugestões da imaginação nem da deliberação da inteligência
  3. Eleição sobrenatural, relativa à virtude da prudência infusa, sem revelações pessoais, nem impulsos da vontade, mas fruto de meditações, deliberações e de eleição feita à partir da livre iniciativa.
Aparentemente, o modo 1 seria o ideal para avançar em direção ao sacerdócio, enquanto que o modo 2 seria o mais comum e o modo 3 seria algo de sacrílego, pois como pode alguém, utilizando apenas a inteligência, buscar o sacerdócio sem ter sido chamado por Deus? Seria um usurpador!
 
E é aqui que todos se enganam. O modo 1 e 2 podem nos enganar, pois podemos nos iludir achando que é inspiração divina o que é inspiração do demônio. Enquanto que o modo 3, baseado na reta razão, que explicaremos mais à frente, é o mais seguro. Assim, os modos 1 e 2 só servem para formar o modo 3, enquanto que o modo 3 se basta por si mesmo. Não se ignora aqui que o modo 3 pressupõe a graça, pois toda moção a um bem sobrenatural (a maior glória de Deus e a salvação das almas pelo sacerdócio) não pode ser fruto da natureza humana, mas da graça divina. O que se exclui aqui é a teoria da expectativa, onde se espera receber um sinal de Deus para se decidir em favor do sacerdócio.
 
Em 1907, o cardeal Gennari numa obra em que diz: "deve-se evitar dois opostos: o semi-pelagianismo que diz que podemos com nossas obras e livre-arbítrio nos antecipar à graça e o quietismo que ensina que devemos antes esperar receber a graça sem nada fazer anteriormente devendo apenas seguí-la. O correto é que a graça é necessária para começar, prosseguir e completar qualquer boa obra, mas essa graça não é extraordinária ou sensível. Logo devemos nos esforçar a fazer obras santas, supondo sempre em nós a dita graça. Se Deus se manifesta de modo sensível, cabe examinar com diligência se ela vem de Deus" (pg. 136, "Del falso misticismo")
 
No que consiste, então, essa resolução ao sacerdócio?
 
Essa resolução se dá pelo seguinte silogismo genérico:
  1. Ama-se a Deus e se quer fazer algo por Ele (querer inicial [aqui o autor utiliza o termo "sentimento inicial", o que daria a impressão do sentimento vir antes de tudo, mas mais à frente ele classifica mais adequadamente essa postura inicial como "querer primitivo" que, obviamente, aparece após se conhecer algo de Deus, pois só podemos querer algo após o conhecermos])
  2. Quer-se que outras almas tenham o mesmo querer em relação a Deus (intenção inicial)
  3. Como alcançar isso? (deliberação)
  4. Pelo sacerdócio!... mas sou tão fraco!... Todavia: "tudo posso Naquele que me conforta²" (conclusão da deliberação)
  5. Escolho então o sacerdócio! (eleição)
  6. Serei então padre. Devo buscar o sacerdócio. (intenção nova)
  7. Como alcançá-lo? (nova deliberação)
  8. Entrando no seminário. Sendo dócil à formação que lá se dá e correspondendo às graças de Deus (conclusão da deliberação)
  9. Entrarei então no seminário e farei o que me propus (nova eleição)
  10. Entremos, então, no seminário e mãos à obra! (resolução imperativa)
  11. Vida no seminário até atingir o sacerdócio (execução)
Aqui, cabe ressaltar que o item (d) pode ser substituído por outra coisa, como a vida religiosa, ou a de leigo celibatário, ou a de casado. O que se busca ressaltar aqui é a intenção e a razão que devem mover o candidato ao sacerdócio. Basta escolher o sacerdócio por um motivo digno do sacerdócio, e assim tem-se uma intenção sobrenatural. Não há aqui nem revelação, nem inclinação sobrenatural, nem inclinação natural. Elas podem ajudar a atingir a eleição do sacerdócio, mas não são essenciais.
 
Ora, só podemos querer algo que conhecemos. É por isso que não se deve levar em conta quando uma criança ou um recém-converso diz querer ser padre. Deve-se antes compreender o que é o sacerdócio para depois se tomar uma decisão prudente, com a ajuda de conselhos de pessoas
convenientes, em direção dele.
 
Daqui decorre a utilidade dos Seminários Menores para mostrar aos jovens o que é o sacerdócio e à partir dele tomarem a decisão mais fundamentada de seguir ou não em direção ao Seminário Maior. O Seminário Maior não é, no entanto, o local onde estão as pessoas que inexoravelmente serão padres. Sua função ainda é a de fazer conhecer a vida sacerdotal, retificar a intenção dos candidatos para ajudá-los a tomarem melhor a decisão e torná-los idôneos intelectual e moralmente, até o dia em que fizerem os votos, ao receberem o subdiaconato.
 
Após ter feito a eleição pelo sacerdócio, o candidato deve ter a intenção firme e constante de obter, não o sacerdócio, mas a idoneidade sacerdotal. A idoneidade do candidato, porém, não lhe dá direito à Ordenação. Isso se dá, pois não se é padre para benefício próprio, mas para o bem da Igreja, e quem decide quais são as necessidades da Igreja são os Bispos. Logo, se um Bispo, hipoteticamente, precisar de apenas 3 padres para a sua diocese, e possuir 20 seminaristas no seminário, ele pode, ou melhor, deve, escolher apenas os 3 mais aptos para o cargo, não necessariamente os mais santos, pois esses podem viver melhor como religiosos do que padres, mas os mais aptos às suas necessidades. Não se deve ser padre para buscar primeiramente a santidade própria, isso é próprio dos religiosos, mas se deve buscar ser "vocacionável" em relação ao Bispo, isto é, se deve buscar ser cada vez mais idôneo intelectual e moralmente. Não há um direito ao sacerdócio, mas é o Bispo quem decide quem será ou não padre, com base em limites mínimos de idoneidade intelectual e moral, pois que ninguém é capaz de alcançar, dentro do espaço de tempo de uma vida humana, a ciência e a santidade próprias do sacerdócio, mas se deve buscá-las continuamente.
 
Deus pode não querer necessariamente que alguém venha a ser padre, como é o caso típico do pai de Santa Teresinha de Lisieux. Deus pode querer que alguém fique no Seminário por um determinado tempo e depois saia, utilizando o que aprendeu lá dentro em benefício para o resto de sua vida. O
seminarista deve primeiro buscar fazer a vontade de Deus antes que buscar o sacerdócio "à todo custo". Um exemplo disso é a história de Abraão e Isaac. Deus move interiormente Abraão a imolar seu filho, Isaac, mas não quis que isso chegasse a cabo, impedindo na última hora que Abraão imolasse seu filho, sem, contudo, tê-lo impedido antes. Santa Teresa d'Ávila, longe de atração, tinha repúdio à vida religiosa, mas decide por ela mesmo assim para garantir sua salvação. A fé dá as premissas e a razão as une para obter uma conclusão.
 
No que tange a falta de vocação, vemos que ela é devida à omissão de Bispos e padres no seus respectivos papéis de recrutadores de sacerdotes em que deviam formar os jovens, tornando-os idôneos ao sacerdócio e motivando-os a conhecer a vida sacerdotal, a começar com o exemplo próprio.
 
Hoje em dia, a motivação de seguir o sacerdócio provém principalmente de livros de santos, pois os exemplos de muitos sacerdotes atuais mais desmotiva que ajuda um jovem a ser sacerdote.
 
O Bispo, no seu papel de "procurador da vinha³" não deve esperar sentado enquanto jovens que "se sentem chamados" lhe vão ao encontro para se tornarem sacerdotes. Esta é a noção errada de vocação sacerdotal que produz diversos frutos ruins. S. Paulo ao chegar num lugar novo, esperava ele que pessoas viessem tornar-se padres? Como poderiam se nem sabiam o que é o sacerdócio? Foi S. Paulo que após instruir o povo, escolheu os mais idôneos para o sacerdócio. Então a atitude é objetiva e parte do superior para o inferior, e não o oposto, onde o inferior, por uma moção subjetiva, busca o superior.
 
De fato, atualmente não é mais possível que o Bispo escolha o sacerdócio dentre todos os fiéis de uma cidade grande pois é impossível conhecer bem todos os candidatos, daí a necessidade do Seminário que "filtra" os interessados de modo que o Bispo escolherá para o sacerdócio apenas os que se dispõem para tal, no seminário. Essa redução do espaço amostral não implica que todos os seminaristas virão a ser padres, pois o Bispo tem o dever de chamar apenas os que preencheram os quesitos por ele estabelecidos (incluindo as idoneidades intelectual e moral). O autor, por experiência, diz que um Bispo nunca se arrependeu ao dispensar um candidato por engano, mesmo sendo ele idôneo para o sacerdócio, mas se arrependerá amargamente pelo resto da vida por apenas um candidato não-idôneo que ele tenha feito sacerdote, pois ele será parcialmente cúmplice de todos os erros e escândalos que esse padre cometer, mostrando com qual rigor o Bispo deve ter para selecionar os candidatos.
 
Finalizando a explicação sobre a verdadeiro significado da Vocação Sacerdotal4, tratarei do que é necessário para um candidato buscar o sacerdócio: a intenção reta, a idoneidade intelectual e moral.
 
Há 3 julgamentos que podemos fazer sobre a idoneidade de um candidato:
  • zona externa: são os impedimentos físicos e canônicos de um candidato ao sacerdócio. Por exemplo, uma pessoa muda não pode ser padre, pois lhe é impossível consagrar uma hóstia.
  • zona intermediária: exteriormente, o candidato demonstra sua idoneidade moral e intelectual, ao seguir ao longo dos anos no seminário o regulamento e conseguindo boas notas nos exames.
  • zona secreta: aqui o candidato coloca-se diante de Deus e da Igreja. Convém pedir conselho a alguém mais sábio, um diretor espiritual de confiança, por exemplo.
Deve-se ter também o desejo de castidade perpétua e "manter-se numa dependência perpétua da ação divina, se desconfiar constantemente de si mesmo, rezar constantemente, agradecer a Deus pelo que recebeu e implorar aquilo de que ainda se tem necessidade." (pg. 108 do livro).
 
A intenção reta se fundamenta na glória de Deus e na salvação das almas, buscadas espontâneamente em direção do sacerdócio, mesmo após hesitações e repugnâncias.
 
A idoneidade intelectual consiste na capacidade de aprender as ciências propriamente sacerdotais. O autor aconselha: "Se queres fazer progressos rápidos e sólidos nos estudos das ciências sagradas, aplique-os à sua conduta" (pg. 453)
 
A idoneidade moral consiste nos 3 julgamentos que expusemos acima. Se houver queda certo tempo antes do subdiaconato, convém esperar mais antes de receber essa ordem que já exige os votos. Aqui o autor recomenda duas características que devem ser próprias de todo seminarista: a humildade e o espírito de sacrifício. Máximo a se buscar: "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida5".
 
Essa é, em resumo, a noção verdadeira da Vocação Sacerdotal.
 
Então, de onde veio a idéia moderna de vocação largamente difundida em nossos dias?
 
O autor explica que o sentido da palavra "vocação" foi alterado no século XVII para evitar a vinda de padres indignos que buscavam o sacerdócio para obter vantagens para a família ou por falta de coisa melhor a fazer (não queriam trabalhar, guerrear, etc.). Mas essa foi a saída errada, o correto seria que os Bispos barrassem esses candidatos, mas, por fraqueza humana, não o fizeram...
 
Desde então, a vocação é entendida como uma inspiração divina (modo 2) e não como fruto de uma meditação deliberada (modo 3) pela qual se busca a idoneidade para alcançar o fim. De tal modo que muitos buscam o sacerdócio com base em consolações espirituais recebidas e, ignorando o quesito da idoneidade, "bem rápido o anjo [a atração sensível] some, fica só a besta!" (pg. 360). Essa idoneidade deve ser analisada pelo Bispo (ou alguém delegado por ele) e pelo próprio candidato (se busca ser honesto diante de Deus).
 
Isso explica a dificuldade de se entenderem os textos que tratam atualmente sobre o tema da vocação, mesmo entre os santos, como, por exemplo, o grande doutor da Igreja, Santo Afonso. Ele condena os Bispos que conferem as Ordens aos não-chamados. Ora, pela explicação acima, sendo o Bispo quem dá o "chamado" propriamente ao candidato, não faz sentido o Bispo "chamar" quem já é "chamado", como Santo Afonso quer. Pela noção moderna de vocação, se entenderia que Santo Afonso queria que os Bispos ordenassem só os que se sabem "chamados por Deus", por meio de algum sinal de vocação interior recebido. Mas tampouco é isso que Santo Afonso quer dizer. Santo Afonso, apesar de não se expressar claramente, quer dizer apenas que o Bispo não deve dar as Ordens para os que não são idôneos, esse sendo o sentido que busca dar à palavra "chamado".
 
Santo Afonso é acusado pelo autor de ter sido influenciado pelo rígido Habert (1668) em relação à teoria da predestinação a um estado de vida determinado. Santo Afonso teria se baseado numa opinião teológica bastante difundida em sua época. Essa opinião é fruto de uma confusão. Com base nos princípios corretos de que cada homem chega nesse mundo com seu destino fixo pelos planos eternos e de que é necessário se preocupar em fazer a vontade de Deus e de ser fiel à nossa destinação, conclui-se estranhamente que é necessário conhecer o que está nos decretos eternos antes de escolher um estado de vida.
 
Dessa tese rigorista decorre que: Deus tem um plano para a nossa vida que leva a um estado de vida determinado fora do qual se é um "desviado". Entrar num estado sem a ele ser chamado ou não entrar onde se é chamado são dois casos igualmente perigosos para a salvação eterna. Deus nos teria preparado apenas uma via pela qual seremos salvos e na qual nos são preparadas graças especiais que deveríamos receber.
 
Essa tese é atualmente condenada devido às seguintes razões: somos incapazes de conhecer os projetos divinos para nós (salvo revelação expressa); as vontades particulares de Deus nos são desconhecidas; a única conformidade possível com a vontade de Deus é sob a razão de bem em geral ("sub rationi boni"), e essa razão nos é conhecida pelas regras universais dos mandamentos divinos e os conselhos evangélicos, uns dizendo o que é prescrito, os outros o que é melhor e facultativo.
 
Por isso é que Santo Ambrósio já dizia: "Escolha o estado de vida que quiser e Deus lhe dará as graças próprias e convenientes a esse estado para que nele viva honesta e santamente6". E segundo Santo Tomás de Aquino, a Providência de Deus não impõe a ninguém (geralmente) um estado de vida determinado; mas ela dispõe tão bem os temperamentos e as inclinações dos homens que, junto com as livres escolhas feitas por cada um, se vê que a cada carreira humana se acha um número conveniente de livres-candidatos. Logo, pode-se tanto ser sacerdote, religioso, leigo celibatário ou leigo casado. Deus dará as graças convenientes a cada estado, não havendo "graças especiais" reservadas, ou "condenações implícitas" decorrentes da escolha de um estado de vida, contanto que a pessoa escolha o estado de vida com a intenção reta, sob os ditames da prudência natural e sobrenatural.
 
Da noção torta de vocação que temos atualmente decorrem diversos erros. As pessoas de temperamento mais frio, refratárias aos sopros de certa sensibilidade mística, embora sendo idôneos, não "se sentindo chamados", evitam o sacerdócio. Os entusiastas, propensos às ilusões, fazendo pouco caso das capacidades necessárias para o sacerdócio, ressaltam ainda mais o que consideram como voz interna e presunçosamente a exteriorizam aos outros. Citam o S. Cura d'Ars como exemplo, mas esquecem de dizer que houve apenas um S. Cura d'Ars na História da Igreja! Devemos imitá-lo na santidade, sem dúvida, mas não na sua incapacidade de estudo que Deus supriu de uma maneira singular e excepcional.
 
Outra conseqüência desastrosa da falsa noção de vocação é achar que o Seminário e o chamado do Bispo no dia da Ordenação são meras formalidades canônicas, apenas confirmam uma predestinação ao sacerdócio já presumida pelo candidato. Os que estão "certos" de terem uma vocação vivamente sentida, negligenciam seu aperfeiçoamento em vista do sacerdócio, enquanto que os bons são excluídos dos Seminários, por não ousarem serem padres...
 
Com as noções ensinadas pelo autor acerca da Vocação pode-se melhor compreender certas frases como: "S. João Bosco disse que de cada três meninos, ao menos um tem vocação". Isso não quer dizer que um terço dos meninos deve invariavelmente tornar-se sacerdote. Não. Isso quer apenas dizer que um terço dos meninos tem as condições mínimas para serem idôneos ao sacerdócio.
 
Há outros textos sobre vocação que oscilam entre a noção correta de Vocação Sacerdotal e a noção moderna, errada. Por exemplo, há um texto que lamenta os "que se sentem chamados mas não querem responder". Ora, o chamado no sentido estrito é o que o Bispo fala no Rito da Ordenação, logo não há "sentir" algum do candidato. O outro sentido, mais largo, é a idoneidade do candidato ao sacerdócio (também conhecido como "sinal de vocação") que se baseia numa análise objetiva de suas capacidades e também não envolve nenhum "sentir". Logo, vemos claramente como esse texto se desvia da compreensão correta da Vocação Sacerdotal.
 
No entanto, mais à frente, o texto indica corretamente alguns erros relativos à idéia de vocação como "Outros imaginam que faz falta ter escutado algum dia, uma pequena voz interior que lhes dizia: 'vem...!'", mas depois dá a entender a idéia de "predestinação a um estado de vida" quando diz: "é verdade que um homem que por sua culpa se põe fora do caminho que Deus o chama de maneira certa e insistente (porque há chamados mais insistentes que outros), este indivíduo se privaria de muitas graças e poria em risco a sua salvação".
 
Novamente volta a dizer a noção correta quando simplifica "O sábio teólogo Noldin diz: 'qualquer pessoa que tem a idoneidade e a intenção reta e aspira ao sacerdócio, pode apresentar-se ao Bispo'". Assim, o texto não trata com a mesma clareza sobre o tema tal como Pe. LAHITTON expõe em seu livro aprovado por S. Pio X.
 
Em suma, relato um resumo feito por um livro de Vocação Sacerdotal sobre a posição do Pe. LAHITTON: "A postura de LAHITTON tem evidentes consequências práticas: deixa claro que a vocação não é um sentimento interior, nem um desejo ou inclinação da pessoa pelo ministério, a vocação é uma chamada de Deus através da Igreja representada pelo Bispo. A chamada do Bispo é a vocação definitiva e o critério que este seguirá será comprovar as aptidões do candidato e a utilidade da diocese.7"
 
Esperamos que este artigo ajude a muitos, assim como nos ajudou a entender corretamente sobre esse tema atualmente tão mal compreendido e tão importante, de modo a não precisarem se lamentar tal como S. João Bosco em seu livro quando disse: "Se ao menos eu tivera alguém que cuidasse da minha vocação! Que grande tesouro ele seria para mim, mas eu não tinha esse tesouro. Eu tinha um bom confessor que buscou me fazer um bom Cristão, mas nunca buscou se envolver pela questão da minha vocação.8". Vemos que seu confessor considerando a vocação erroneamente como uma inspiração divina pessoal na qual não deveria se envolver, mas apenas Deus, não buscou analisar objetivamente a idoneidade de D. Bosco e levá-lo, após convite seu, a um Seminário para definitivamente ver se ele poderia ser ou não sacerdote.
 
Que isso não se repita e corramos o perigo de perder novos S. João Boscos por aí...
 
Nossa Senhora do Bom Conselho, rogai por nós!
 
Antonio Thatler

 

 Sabado 21 de junho de 2014

 

            Origem e significado da Solenidade de Corpus Christi

 

 

“A celebração daSanta Ceia é memorial ( Fazei isto em minha memória) porém, a presença de Cristo no Pão e Vinhoconsagrados é REAL (Pois Cristo afirmou: Isto “É” o meu corpo e sangue – Mateus 26,26).”

 

 

A conversão que se opera após a consagração, não é de transformação (Mudança de uma matéria em outra, como no milagre das bodas de Caná), mas “TRANSUBSTANCIAÇÃO”, ou seja:Permanece as aparências, ou acidentes do pão e vinho, como aconteceu  na Santa Ceia original, pois se houvesse transformação de uma  matéria em outra, estaríamos a praticar o CANIBALISMO, portanto, Deus opera uma “CONVERSÃO” de natureza divina por antonomásia, ou seja por substituição ( CIC 1374).

 

Conclusão lógica:Não adoramos a matéria das espécies consagradas, estaríamos caindo em Idolatria, mas adoramos a ” PRESENÇA REAL” de Cristo sob as espécies  Eucarísticas (CIC 1373).

 

As palavras Corpus Christi estão em latim. e significam o Corpo de Cristo. Elas designam uma festa, celebrando a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo, na hóstia consagrada, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, conforme está escrito:

“‘Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu dei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.’ A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: ‘Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?’ Então Jesus lhes disse: ‘Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim. Este é o pão que desce do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente.’” (Evangelho de São João, VI, 51-58)

Jesus Cristo está em corpo, alma e divindade nas espécies (pão e vinho), conforme também: Mateus 26: 26-28,  Marcos 14: 22-24, Lucas 22: 19-20, e João 6: 54-62.

São paulo reforça este ensino nas suas comunidades primitivas:

“Aquele que o come e o bebe sem distinguir o CORPO E SANGUE do Senhor, come e bebe a sua própria condenação” (I Cor 11,27-29)

Essa festa de Corpus Christi foi instituída, na idade Média, no século XIII, quando se deu o chamado milagre de Bolsena.

Um sacerdote católico tinha muitas tentações sobre a presença de Cristo na sagrada hóstia e no sagrado cálice.

Para vencer essa tentação, ele fez muitas penitências, e até foi em peregrinação, a pé, até Roma. De nada lhe adiantou.

Um dia, quando rezava Missa, ao consagrar o vinho no cálice, durante a sua Missa, ele viu o Sangue de Cristo borbulhar no cálice, e extravasar e molhar a toalha do altar.

A toalha ficou com a marca do sangue de Cristo até hoje. Ela está na Catedral de Orvieto, na Itália.

O papa de então quis ver a toalha ensangüentada, e quando se certificou do milagre, ordenou a festa de Corpus Christi. Ele mandou também que o próprio São Tomás de Aquino, que estava, então, naquele local, Orvieto, na Itália, que fizesse as orações e hinos comemorativos dessa festa.

Foi então que São Tomás compôs os hinos Adoro Te devote e o Pange Lingua, que são os hinos mais belos jamais compostos em homenagem à Eucaristia e à presença real de Cristo na hóstia e no cálice consagrados.

A festa de Corpus Christi foi instituida pelo papa Urbano VI em 8 de setembro de 1264, através da bula Transiturus, onde ordenava que fosse celebrada um festa em homenagem à Sagrada Eucaristia, todo ano, na quinta feira após o Domingo da Trindade.

Esse milagre de Bolsena tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71 e revelou ao mundo resultados impressionantes:

  • A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos.
  • O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente o sangue continua líquido.
  • Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas.
  • São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus.
  • Todas as células e glóbulos continuam vivos.
  • A carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e o coração sempre foi símbolo de amor!).

Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia; alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo.

Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana que tinha visões que solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento.

Em outubro de 1264 o papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja. Nessa festa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.

A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós. Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies.

É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo.

Essa antecipação da vida divina aqui na terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.

O centro da missa será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício.

Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!

A Solenidade de Corpus Christi

(Rafael Vitola Brodbeck)


Aparecendo a Santa Juliana de Mont-Cornillon, abadessa de um mosteiro agostiniano, Nosso Senhor Jesus Cristo a inspira para que ajude na instituição de uma festa em honra de Sua real presença no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.

Apesar dos protestos dos hereges, principalmente albigenses – que, por seu dualismo gnóstico, negavam qualquer relação entre os planos espiritual e material, que é justamente o princípio para entendermos a Eucaristia –, Dom Roberto de Thourotte, Bispo de Lieja, estabelece em sua circunscrição, no ano de 1246, por influência das visões de Santa Juliana, a festa que mais tarde seria conhecida como Corpus Christi. 

Estendida pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher para toda a Alemanha, a comemoração é logo assumida como oficial em toda a Igreja Ocidental pelo Papa Urbano IV, que, em 1264, mediante a Bula Transiturus, ordena sua celebração.

Os carmelitas e os dominicanos, nos primeiros anos de sua oficialização, constituem-se em autênticos apóstolos da festa de Corpus Christi.

É, aliás, um dominicano, a glória da Ordem fundada por São Domingos, que irá, a pedido de Urbano IV, compor o próprio da Missa e os ofícios da Liturgia das Horas do Corpus: São Tomás de Aquino revela-se não apenas um excelente teólogo e filósofo, mas também um inspiradíssimo compositor sacro.

Todas as orações constantes no Ofício Divino e no Missal para esse dia são de sua autoria.

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, longa denominação para esse festa medieval que tanto foi necessária para reafirmar o dogma católico frente aos ataques heréticos, se faz urgente nestes tempos em que vivemos.

O ódio atual à doutrina da presença real de Cristo na Eucaristia talvez só seja superado pelo dos tempos de Berengário de Tours, ou pelo dos primeiros protestantes que negaram tão vital dogma de nossa santíssima religião.

Vários padres e famosos teólogos, ao invés de defenderem a doutrina, transformam-se, embebidos de modernismo e relativismo religioso, nos principais adversários do maior presente que nos foi deixado por Nosso Redentor: Sua presença nos sacrários de toda a terra.

De fato, é grave a situação em que nos encontramos. Urge que a Santíssima Eucaristia seja defendida, tal como nos foi revelada por Deus em Cristo, conforme nos expressa o cristalino texto evangélico pelo Lecionário disposto para a Missa Solene de hoje. A Carne de Jesus é verdadeira comida, e Seu Sangue verdadeira bebida. Não aparente, não simbólica.

“Por isso, não olhem o pão e o vinho como simplesmente isso, pois eles são, de acordo com as declarações dos mestres, o Corpo e o Sangue de Cristo.” (São Cirilo de Jerusalém; Catequeses Mistagógicas, 4, 6)

Há, pelas palavras do sacerdote – que age in persona Christi, e por isso, em virtude do sacramento da Ordem por ele recebido, faz as vezes do Senhor, não só na renovação do sacrifício da Cruz, senão também na conversão das espécies eucarísticas no sacramento que se quer celebrar –, uma autêntica mudança.

É o que diz São Gregório de Nissa: “Corretamente, então, cremos que o pão consagrado pela palavra de Deus se torna o Corpo de Deus.” (Grande Catecismo, 37) E também Santo Ambrósio, Bispo de Milão: “Vós podeis talvez dizer: ‘meu pão é pão comum.’ Mas esse pão é pão somente antes das palavras sacramentais; quando é consagrado, então, é a Carne de Cristo.” (Os Sacramentos, 4, 4, 14).

O pão se muda para Carne de Cristo; o Sangue se muda para Sangue de Cristo. Não é uma mudança de forma, pois os acidentes continuam os mesmos; aparência, gosto, cheiro de pão e de vinho.

Refuta-se a transformação,tampouco uma mudança de significado ou de finalidade. Não é que o pão se mude “para nós” em Cristo, ou que os católicos tenhamos entendido nesse significado, num calvinismo eucarístico explícito.Condena-se, pois, o termo “transignificação” ou “transfinalização”.

Na Eucaristia existe um símbolo de muitas coisas, é verdade. Mas esse simbolismo não esgota o sentido do sacramento. Quanto à presença de Jesus Cristo, não há que se falar em sinal ou símbolo, eis que está essencial e realmente presente.

Palavras do Papa Paulo VI a esse respeito:

Não é lícito, só para aduzirmos um exemplo, exaltar a Missa chamada ‘comunitária’, a ponto de se tirar a sua importância à Missa privada; nem insistir tanto sobre o conceito de sinal sacramental, como se o simbolismo que todos, é claro, admitimos na Sagrada Eucaristia, exprimisse, única e simplesmente, o modo da presença de Cristo neste sacramento; ou ainda discutir sobre o mistério da transubstanciação sem mencionar a admirável conversão de toda a substância do pão no corpo e de toda a substância do vinho no sangue de Cristo, conversão de que fala o Concílio Tridentino; limitam-se apenas à transignificação e transfinalização, conforme se exprimem. Nem é lícito, por fim, propor e generalizar a opinião que afirma não estar presente Nosso Senhor Jesus Cristo nas hóstias consagradas que sobram, depois da celebração do Sacrifício da Missa.” (Carta Encíclica Mysterium Fidei, 11).

Os inimigos da presença real de Cristo precisam ser vencidos novamente. Atacando o preciso dogma da transubstanciação, i.e., da mudança de substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Nosso Senhor, acabam por desferir suas mortais rajadas no próprio Jesus, que instituiu tão formidável sinal de Sua graça e tão real manifestação de Sua presença.

Crêem os hereges, claro, que a Eucaristia é um sinal, um símbolo da presença de Jesus Cristo. Quando Ele falou que aquele pão partido e aquele vinho no cálice eram Seu Corpo e Seu Sangue (cf. Lc 22,19-20), teria querido dizer que se tratava de um símbolo de Sua presença santíssima, ou de uma presença espiritual.

Sobre esse tema, já se adiantava profeticamente São Boaventura, teólogo maior da Ordem Franciscana: “Estar Cristo no Sacramento como num sinal, nenhuma dificuldade tem; estar no Sacramento verdadeiramente, como no céu, tem a maior das dificuldades: é pois sumamente meritório acreditá-lo.” (In IV Sent., X, P. I, a. un., q. I; Opera Omnia, N, 217).

Temos insistido, sobremaneira, em algumas de nossas meditações, sobre o caráter sacrificial da Eucaristia, enquanto renovação, atualização do Calvário, coisa que também é atacada pelos modernistas, pelo menos na prática face à bagunça litúrgica que presenciamos e a diminuição do sagrado na Santa Missa, assemelhando-a a um simples culto piedoso de oração ou a uma reunião protestante.

Longe de querer mudar a estratégia, acrescentamos a essa defesa, humilde confessamos, que vínhamos fazendo, outro ponto sobre a Missa: nela não só se torna presente o sacrifício de Nosso Senhor, como também por ela ocorre a mudança das substâncias contidas na espécies eucarísticas, convertendo-se o pão e o vinho em verdadeiros Corpo e Sangue de Jesus Cristo.

É o ensino do Tridentino:

“Em primeiro lugar, ensina o Santo Concílio, claramente, e sinceramente confessa que depois da consagração do pão e do vinho, fica contido no saudável sacramento da Santa Eucaristia, verdadeira, real e substancialmente nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e Homem, sob as espécies daqueles materiais sensíveis, pois não existe com efeito, incompatibilidade que o mesmo Cristo nosso Salvador esteja sempre sentado, no Céu, à direita do Pai, segundo o modo natural de existir e que ao mesmo tempo nos assista sacramentalmente com Sua presença, e em sua própria substância em outros lugares, com existência que ainda que apenas o possamos expressar com palavras, poderemos, não obstante, alcançar com nosso pensamento ilustrado pela fé, que é possível a Deus, e devemos firmemente acreditar.

Assim pois, professaram clarissimamente todos os nossos antepassados que viveram a verdadeira Igreja de Cristo, e trataram deste santíssimo e admirável Sacramento, a saber: que nosso Redentor o instituiu na última ceia, quando depois de ter benzido o pão e o vinho, atestou a seus Apóstolos, com claras e enérgicas palavras que lhes dava Seu próprio Corpo e Seu próprio Sangue. E sendo fato consumado que as ditas palavras mencionadas pelos mesmos Santos Evangelistas e repetidas depois pelo Apóstolo São Paulo, incluem em si mesmas aquele próprio e patentíssimo significado, segundo as entenderam os santos Padres, é sem dúvida execrável a maldade com que certos homens pretensiosos e corruptos as distorcem, violentam e tentam explicar em sentido figurado, fictício ou imaginário, negando a realidade da Carne e Sangue de Jesus Cristo contra a inteligência unânime da Igreja, que sendo coluna e apoio da Verdade, sempre detestou por serem diabólicas estas ficções expressas por homens ímpios e sempre conservou indelével a memória e gratidão deste tão sobressalente benefício que nos fez Jesus Cristo.” (Concílio Ecumênico de Trento; Decreto sobre o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, Cap. I)

“Mas pelo que disse Jesus Cristo nosso Redentor, que era verdadeiramente Seu Corpo que O oferecia sob a espécie do pão, a Igreja de Deus acreditou perpetuamente e o mesmo declara novamente o Santo Concílio que pela consagração do pão e do vinho, são convertidas: a substância total do pão no Corpo de nosso Senhor, e a substância total do vinho no Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, e essa transformação é oportuna e propriamente chamada de Transubstanciação pela Igreja Católica.” (Concílio Ecumênico de Trento; Decreto sobre o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, Cap. IV)

Outrossim, contra os erros de Lutero – que ensinava que a substância do pão e do vinho permanecem conjuntamente com a presença real de Cristo, no que chamou “consubstanciação”, e isso só enquanto durasse a Missa; e que não era necessário confessar-se sacramentalmente antes de receber a Eucaristia na existência de pecados mortais, bastando a fé e a conversão; e, além disso, que o principal fruto da Missa era o perdão dos pecados, substituindo-a à Penitência – e de outros hereges – Calvino, por exemplo, pregava a presença espiritual, ou a mudança de significado do pão para Carne e do vinho para Sangue, negando a transubstanciação; Zwinglio cria numa presença meramente simbólica, num sinal da presença de Jesus –, formulou o Sacrossanto Concílio, alguns cânones a respeito da Eucaristia, que citamos a seguir, por considerar de extrema valia para o leitor:

“Cân. I – Se alguém negar que no santíssimo sacramento da Eucaristia está contido verdadeira, real e substancialmente o corpo e o sangue juntamente com a alma e divindade de nosso Senhor Jesus Cristo e por conseqüência o Cristo inteiro; mas pelo contrário, disser que apenas existe na Eucaristia um sinal, ou figura virtual, seja excomungado.

Cân. II – Se alguém disser que no sacrossanto sacramento da Eucaristia permanece substância de pão e vinho juntamente com o Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, e negar aquela admirável e singular conversão de toda a substância do pão em Corpo e de toda substância do vinho em Sangue, permanecendo somente as espécies de pão e vinho, conversão que a Igreja Católica propiciamente chama de Transubsctanciação, seja excomungado.

Cân III – Se alguém negar que o venerável sacramento da Eucaristia contém o Cristo Total em cada uma das espécies, e em cada uma das partículas em que forem divididas as espécies, seja excomungado.

Cân. IV – Se alguém disser que, feita a consagração, não existe no admirável sacramento da eucaristia, nada além de mentiras, e que recebe, mas nem antes e nem depois permanece o verdadeiro Corpo do Senhor nas hóstias ou partículas consagradas, que se guardam depois das comunhões, seja excomungado.

Cân. V – Se alguém disser que o principal fruto da Sacrossanta Eucaristia, é o perdão dos pecados, ou que não provém dela outros efeitos, seja excomungado.

Cân. VI – Se alguém disser que no santo sacramento da eucaristia não se deve adorar a Cristo, Filho unigênito de Deus, com o culto de ‘latria’ nem também com o externo, e que portanto não se deve venerar com peculiar e festiva celebração, nem ser conduzido solenemente em procissões, segundo o louvável e universal rito e costume da Santa Igreja, ou que não se deve expor publicamente ao povo para que receba adoração, e que tal adoração constitui idolatria, seja excomungado.

Cân. VII – Se alguém disser que não é lícito reservar a Sagrada Eucaristia no sacrário, pois imediatamente depois da consagração é necessário que se faça a distribuição total das hóstias, ou disser que não é lícito levá-la piedosamente aos enfermos, seja excomungado.

Cân. VIII – Se alguém disser que Cristo, dado na eucaristia, somente é recebido espiritualmente e não também sacramental e realmente, seja excomungado.

Cân. IX – Se alguém negar que todos e cada um dos fiéis Cristãos de ambos os sexos, quando tenham chegado ao completo uso da razão, estão obrigados a comungar todos os anos ao menos na Páscoa da Ressurreição, segundo o preceito de nossa Santa Madre Igreja, seja excomungado.

Cân. X – Se alguém disser que não é lícito ao sacerdote que celebra a missa, comungar-se a si mesmo, seja excomungado.

Cân. XI – Se alguém disser que apenas a fé é preparação suficiente para receber o Sacramento da Santíssima Eucaristia, seja excomungado.” (Concílio Ecumênico de Trento; Cânones sobre o Santíssimo Sacramento da Eucaristia)

CONCLUSÕES :

1)- Jesus, pois, não está representando ou simbolizado na hóstia e no cálice consagrados. Sua presença é real, e há uma verdadeira mudança de substância, de modo que não mais estamos diante do pão e do vinho, senão que do Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor. Não é simples símbolo.

2)- A Eucaristia não simboliza Cristo. A Eucaristia é Cristo! Fiéis são essas palavras ao comentário de São Cirilo de Alexandria sobre o Evangelho de Mateus: “Ele declara taxativamente: ‘Este é o meu Corpo’ e ‘Este é o meu Sangue’; não diz que possam supor que as coisas que vêem são uma figura. Mas bem, por algum segredo de Deus Todo-Poderoso, as coisas que vêem são mudadas no Corpo e no Sangue de Cristo, verdadeiramente oferecidos em sacrifício no qual nós, como participantes, recebemos o poder doador de vida e santificação de Cristo.” (Comentário sobre Mateus, 26, 27)

3)- Entendemos que um grande meio para ajudar a difundir a fé na real presença de Jesus na Santa Eucaristia é, justamente, a reflexão no significado de uma de seus maiores louvores, a Santa Missa de Corpus Christi, composta pelo Aquinate.

4)- Toda as Missas, é verdade, com seus ofícios, orações próprias e comuns, prefácios, salmos, hinos, antífonas, nos recordam os dois particulares e essenciais aspectos da teologia eucarística. Ao mesmo tempo em que ressaltam que estamos diante de um verdadeiro sacrifício, o mesmo, único e suficiente, oferecido de uma vez por todas no Calvário, tornado novamente presente sobre o altar da igreja onde é celebrada; tais preces reafirmam outra realidade crucial da Fé Católica, qual que as espécies eucarísticas, dons que se apresentam no rito do ofertório, se mudam, substancialmente – daí o termo “transubstanciação” – no próprio Jesus Cristo, Deus encarnado, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, mais do que um profeta ou um milagreiro, o próprio Senhor e Criador de tudo.

5)- Entretanto, os textos próprios da Missa desta solenidade em honra do Corpo de Deus, por mais que todas as celebrações o façam, apontam de uma maneira mais excelente para o que estamos tentando resgatar e defender. Senão, vejamos: já no intróito da Missa de Corpus Christi, fala a liturgia – Missal de 1970, Novus Ordo – em Deus nos alimentando, que é o papel primordial da Comunhão Eucarística, que se dá a nós para que, comungando, participemos de Cristo e formemos o Seu Corpo que ora comemos – inevitável lembrar que a Igreja Católica, da qual fazemos parte pelo Batismo, é o Corpo Místico do Senhor Jesus, e que assumimos, portanto, a plenitude dessa pertença, quando comungamos da Eucaristia; ela nos faz Igreja, no sentido mais profundo e místico da palavra. “O Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou.” (Missal Romano; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Antífona de Entrada)

6)-Assim, continua a liturgia da Missa de hoje, com o conhecido hino Lauda Sion – de cuja tradução oficial para o português, a Comissão de Liturgia da CNBB verteu “Sião”, sinônimo de Israel, para “Terra” (o motivo pelo qual São Tomás compôs “Sião” foi associar os louvores ao Santíssimo à Igreja Católica, Novo Israel, da qual Cristo é odux et pastor, o chefe e pastor; o “Terra” da versão portuguesa parece identificar o rebanho de Jesus a todo o universo, independente de estarem ou não na Igreja, o que carrega o cheiro de modernismo!) “Lauda Sion salvatorem, lauda ducem et pastorem, in hymnis et canticis. Quantum potes, tantum aude: quia maior omni laude, nec laudare sufficis.” (Missale Romanum; Solemnitas Sanctissimi Corporis et Sangunis Iesu Christi Dominum Nostrum; Sequentia)

7)- Fazemos questão de transcrever todo o hino, que serve de Seqüência para esta Missa, na tradução da CNBB, para que sirva de meditação auxiliar ao leitor, refletindo na riqueza das palavras do antiqüíssimo canto. Cada linha esboça a profunda piedade com que o povo tem ornado Nosso Senhor, e revela uma catequese simples sobre toda a teologia da Eucaristia e o ato de comungar. Leiamos, calmamente:

“Terra, exulta de alegria, louva teu pastor e guia com teus hinos, tua voz! Tanto possas, tanto ouses, em louvá-lo não repouses: sempre excede do teu louvor! Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar! Este pão, que o mundo o creia!, por Jesus, na santa ceia, foi entregue aos que escolheu. Nosso júbilo cantemos, nosso amor manifestemos, pois transborda o coração! Quão solene a festa, o dia, que da Santa Eucaristia nos recorda a instituição! Novo Rei e nova mesa, nova Páscoa e realeza, foi-se a Páscoa dos judeus. Era sombra o antigo povo, o que é velho cede ao novo; foge a noite, chega a luz. O que o Cristo fez na ceia, manda à Igreja que o rodeia, repeti-lo até voltar. Seu preceito conhecemos: pão e vinho consagremos para nossa salvação. Faz-se carne o pão de trigo, faz-se sangue o vinho amigo: deve-o crer todo cristão. Se não vês nem compreendes, gosto e vista tu transcendes, elevado pela fé. Pão e vinho, eis o que vemos; mas ao Cristo é que nós temos em tão ínfimos sinais… Alimento verdadeiro, permanece o Cristo inteiro que no vinho, quer no pão. É por todos recebido, não em parte ou dividido, pois inteiro é que se dá! Um ou mil comungam dele, tanto este quanto aquele: multiplica-se o Senhor. Dá-se ao bom como ao perverso, mas o efeito é bem diverso: vida e morte traz em si… Pensa bem: igual comida, se ao que é bom enche de vida, traz a morte para o mau. Eis a hóstia dividida… Quem hesita, quem duvida? Como é toda o autor da vida, a partícula também. Jesus não é atingido: o sinal é que é partido, mas não é diminuído, nem se muda o que contém. Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães! Em sinais prefigurado, por Abraão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná… Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus, piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai! Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá no céu!” (Missal Romano; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Seqüência)

8)- Quantas verdades contidas nessas palavras! Devemos exultar de alegria e louvar a Cristo Jesus, que é Nosso Senhor, nosso pastor, nosso guia, nosso chefe. Não podemos nos cansar de assim fazê-lo, pois é a Ele, por excelência, que adoramos, quando nos prostramos diante da Eucaristia, eis que ela é o próprio Corpo e o próprio Sangue do Salvador.

9)- Esse pão não é mais pão, é Carne! O vinho não é mais vinho, é Sangue! E mais do que carne e sangue, Carne e Sangue de um Deus, do único Deus, sob a aparência tão frágil de um pequeno pedaço de pão e um singelo cálice de vinho. Nós, novo Povo de Deus, Novo Israel, devemos celebrar a presença de Jesus que afugenta as trevas e inaugura a luz, a Igreja.

10)- É preciso que adoremos o Cristo presente na Eucaristia, como nos atestam as palavras de São Francisco de Assis:“Porque neste mundo não vejo corporalmente o altíssimo Filho de Deus, senão em Seu Santíssimo Corpo e Seu Santíssimo Sangue, que eles recebem e só eles administram aos demais. E quero que estes santíssimos mistérios sejam honrados e venerados acima de todo e colocados em lugares preciosos.” (Testamento, 11-11) Basta fazer o que Ele nos mandou: consagrar o pão e o vinho, transubstanciando-os, pela palavra do sacerdote, em Seu Corpo e Sangue, mesmo que não compreendamos pela razão, nem vejamos com os olhos.

11)- Transcendamos o sabor e a visão, e nos concentremos naquilo que a fé nos diz, completando o que os sentidos não captam. “Praestet fides supplementum sensuum defectui.” – “Vem a fé por suplemento os sentidos completar.” (Missal Romano; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Procissão com o Santíssimo Sacramento; Hino Canta ó Língua – Quinta-feira Santa; Missa Vespertina da Ceia do Senhor; Transladação do Santíssimo Sacramento; Hino Canta ó Língua – Ritual Romano; Solene Bênção do Santíssimo Sacramento; Hino Tão Sublime Sacramento) Jesus, na Eucaristia, é o verdadeiro alimento para a alma – também para o corpo, como se verificou na vida de alguns santos que sobreviveram, sobrenatural e milagrosamente, alimentando-se só da Comunhão.

12)- Jesus não é dividido. Está presente em cada hóstia consagrada, e ao mesmo não são vários “Cristos”, mas um só! Quem comunga d’Ele em estado de graça, recebe a salvação, o perdão dos pecados veniais e o aumento da caridade para com Deus, elevando-se ainda mais na vida da virtude.

13)- Ao infiel, todavia, a Eucaristia, se comungada, manifesta o desprezo do pecador para com o Corpo do Senhor. “Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente”, diz São Paulo, “será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação.” (1 Co 11,27-29)

14)- O pão dos anjos é nosso alimento, e nos conserva na unidade com a Igreja, depositária da Revelação divina e ponte de salvação, uma vez que é a Esposa de Cristo e o Seu próprio Corpo Místico, “coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15)Assim o pede a secreta de hoje, também escrita por São Tomás de Aquino:“Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da unidade e da paz, simbolizados pelo pão e o vinho que oferecemos na sagrada Eucaristia. Por Cristo, nosso Senhor.” (Missal Romano; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Sobre as Oferendas) Alimentando-nos da Eucaristia, podemos receber forças para nos afastarmos do pecado. Se comungando pecamos inúmeras vezes, imaginemos se não o fizéssemos! Sem a Eucaristia, somos fracos, e as criaturas mais dignas de pena da face da terra! Pelo pecado somos escravos das trevas, mas pela graça, que é dada também na Eucaristia, nos transformamos de órfãos em filhos de Deus, e somos transportados para o Pai. Chegando ao céu, nos reuniremos, militantes, com toda a Una e Santa Igreja Católica e Apostólica, Triunfante, à espera da Padecente que espera no Purgatório! O céu é o supremo banquete, e a Eucaristia é já a comida com a qual nos iremos saciar. Sendo o próprio Deus, o próprio Cristo, comendo da Eucaristia nada mais precisamos em nossas almas, pois é o alimento genuíno!

15)- Comparemos, nesse sentido, o que dizem os prefácios que podem ser utilizados na Missa de hoje, sobre a Eucaristia enquanto alimento dos fiéis. Tais prefácios foram inseridos no Missal Romano na reforma litúrgica de Paulo VI. Atentemos, outrossim, para as claríssimas referências ao caráter sacrificial da Santa Missa que neles se encontram.

“Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-se a vós pela nossa salvação, instituiu o Sacrifício da nova Aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. Sua carne, imolada por nós, é o alimento que nos fortalece. Seu sangue, por nós derramado, é a bebida que nos purifica.” (Missal Romano; Prefácio da Santíssima Eucaristia, I)

“Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Reunido com os Apóstolos na última ceia, para que a memória da Cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu a vós como cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor. Pela comunhão neste sublime sacramento, a todos nutris e santificais. Fazei de todos um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos na mesma caridade. Aproximamo-nos da mesa de tão grande mistério, para encontrar por vossa graça a garantia da vida eterna.” (Missal Romano; Prefácio da Santíssima Eucaristia, II)

“Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças e bendizer-vos, Senhor, Pai santo, Deus eterno, cheio de misericórdia e de paz. Vosso Filho, obediente até à morte na Cruz, nos precedeu no caminho de volta para vós, que sois o fim último de toda a esperança humana. Na Eucaristia, testamento de seu amor, ele se fez comida e bebida espirituais, que nos sustentam na caminhada para a Páscoa eterna. Com esta garantia de ressurreição final, esperamos participar do banquete de vosso Reino.” (Missal Romano; Prefácio da Santíssima Eucaristia, III)

Tomemos, então, a partir desta meditação, atitudes práticas, para reavivar nossa fé na Eucaristia.

Em primeiro lugar, peçamos a Deus a graça de mais amar esse mistério, de melhor adorar a Cristo Jesus na santíssima hóstia consagrada: “Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.” (Missal Romano; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Coleta)

Concomitante a isso, procuremos comungar melhor. Façamos um bom exame de consciência, dirijamo-nos a um sacerdote se o Espírito Santo nos acusar de uma falta grave, e comunguemos com fé e devoção, demonstrando amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Rezemos, depois de nossa comunhão, agradecendo a Deus por todos os frutos recebidos por esse sacramento:

“Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso Sangue. Vós, que viveis e reinais para sempre.”(Missal Romano; Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; Oração depois da Comunhão)

Como exemplo e convite, passamos a seguinte prece:

“Eu vos dou graças, ó Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, porque, sem mérito algum de minha parte, mas somente pela condescendência de vossa misericórdia, vos dignastes saciar-me, a mim pecador, vosso indigno servo, com o sagrado Corpo e o precioso Sangue do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.

E peço que esta santa comunhão não me seja motivo de castigo, mas salutar garantia de perdão. Seja para mim armadura de fé, escuda de boa vontade e libertação dos meus vícios. Extinga em mim a concupiscência e os maus desejos, aumente a caridade e a paciência, a humildade e a obediência, e todas as virtudes. Defendei-me eficazmente contra as ciladas dos inimigos, tanto visíveis como invisíveis. Pacificai inteiramente todas as minhas paixões, unindo-me firmemente a vós, Deus uno e verdadeiro, feliz consumação de meu destino.

E peço que vos digneis conduzir-me, a mim pecador, àquele inefável convívio em que vós, com vosso Filho e o Espírito Santo, sois para os vossos santos a luz verdadeira, a plena saciedade e a eterna alegria, a ventura completa e a felicidade perfeita. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.” (Liturgia das Horas; Anexo – Orações para depois da Comunhão; Oração ao Pai, atribuída a São Tomás de Aquino)

Finalmente, procuremos nos achegar a Cristo presente no sacrário, para, em adoração, contarmos a Ele nossos problemas, louvá-Lo, reconhecer n’Ele nosso refúgio, sabê-Lo nosso Deus, e manifestar nosso amor.

Ouçamos aquele suave convite dito em João 11,28: “ O Senhor está qui e te chama…”

Quanto mais passamos em oração diante do Santíssimo Sacramento, mais podemos abrir em nossas almas a chave que nos leva a amar a Deus de maneira perfeita.

Eis o exemplo das Irmãs Missionárias da Caridade, congregação religiosa fundada por Madre Teresa de Calcutá, e que tem um apostolado social universalmente aplaudido. Nem por isso, deixam de se recolher e de buscar forças diante do sacrário.

“No Capítulo Geral que tivemos em 1973, as irmãs pediram que a adoração ao Santíssimo, que tínhamos uma vez por semana, passasse a ser todos os dias, apesar do enorme trabalho que pesava sobre elas. Essa intensidade de oração diante do Santíssimo Sacramento tem feito uma grande mudança em nossa congregação. Temos experimentado que nosso amor por Jesus é maior, nosso amor de umas para com as outras é mais compreensivo, nosso amor pelos pobres é mais compassivo, e nós temos o dobro de vocações que tínhamos.” (Madre Teresa de Calcutá; Reino de Cristo, I, 1987)

Exercitemos essa adoração visitando Jesus Cristo no sacrário de alguma igreja, e passando algum tempo com ele.

Por ora, convidamos a todos que cantem o hino Verbum Supernum, igualmente composto por São Tomás para a festa do Corpo de Cristo, desta vez não para a Missa, mas para a hora canônica de Laudes, da Liturgia das Horas.

Suas duas últimas estrofes formam o conhecido canto de adoração eucarísticaO Salutaris Hostia:

“Verbum supernum prodiens, nec Patris linquens dexteram, ad opus suum exiens, venit ad vitae vesperam. In mortem a discipulo suis tradendus aemulis, prius in vitae ferculo se tradidit discipulis. Quibus sub bina specie carnem dedit et sanguinem; ut duplicis substantiae totum cibaret hominem. Se nascens dedit socium, convescens in edulium, se moriens in pretium, se regnans dat in praemium. O salutaris hostia, quae caeli pandis ostium, bella premunt hostilia; da robur, fer auxilium. Uni trinoque Domino sit sempiterna gloria: qui vitam sine termino nobis donet in patria. Amen.” (Liturgia Horarum iuxta rito romanum; Lauds; Solemnitas Sanctissimi Corporis et Sangunis Iesu Christi Dominum Nostrum; Hymnus Verbum Supernum)

 

 


 

 

Quarta 06 de junho de 2014

 

                               Juventude x Silêncio?

Tenho percebido, nos últimos tempos, um pensamento entre os católicos que é, no mínimo, leviano.
Associam-se a juventude com barulho e agitação. Tanto no que diz respeito ao que os jovens fazem na Igreja, quanto ao que a Igreja tem de fazer para atrair o jovem.
Mas tenho notado que a realidade, na verdade, é outra.
Uma Missa com muitos instrumentos, dança e teatro, pode até ser que, num primeiro momento, agrade a alguns jovens. Mas quando estes se decidem por buscar uma espiritualidade mais católica, mais madura, recorrem às experiências de silêncio, contemplação, decoro e organização.
Batucada pode até parecer legal, mas o que o jovem realmente quer na Igreja é se encontrar com Deus de uma forma pessoal. O perigo de fazer da Santa Missa uma “bagunça jovem” é que você pode até atrair alguns, mas dificilmente com tambores, fitas coloridas e batidas eletrônicas conseguirá levar esses jovens a uma verdadeira experiência com Deus e, a partir daí, a uma conversão de vida.
A Igreja tem sim que investir em eventos para atrair os jovens: louvores, shows, vigílias, encontros... O que ela não precisa e não deve é criar uma “liturgia jovem”, desobediente, que afronta as normas litúrgicas e destrói o decoro e a contemplação.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nossa alma busca o silêncio.
Já dizia Santo Ambrósio: "O demônio ama o barulho, Cristo busca o silêncio." É ilusão achar que fazendo barulho levaremos os jovens para Deus. No máximo, os traremos para dentro da Igreja, por pouco tempo. Pois quando o barulho de outra igreja for melhor, irão para lá.
O verdadeiro “barulho” que o jovem procura é o testemunho de vida dos sacerdotes, dos pais de família, é a obediência a Santa Igreja de Deus, é a profunda adoração ao Deus Vivo e Verdadeiro.
Enquanto maquiamos a nossa Igreja numa tentativa frustrada de torná-la mais bela e atraente, a alma da juventude grita, clamando conhecer a verdadeira Igreja de Cristo. Sem máscaras, sem rótulos, linda, sóbria e solene, como sempre foi.
Querem atrair os jovens para a Igreja? Deixem de falar um pouco de políticos nas homilias e falem da vida dos santos. Exponham Jesus Sacramentado sobre os altares. Falem abertamente sobre a santidade, a salvação.
Só existe uma forma de fazer a juventude permanecer na Igreja: é fazê-la perceber que Cristo é o sentido de suas vidas. E para isso precisamos mais do que nunca sermos católicos, obedientes à liturgia e apaixonados pela Eucaristia.
(André Krupp)

Terça, 04 de junho de 2014

 

 

Terça, 04 de junho de 2014

 

 Terça, 04 de junho de 2014

 

 

Terça, 04 de junho de 2014

 

Segunda, 03 de junho de 2014

 

                                        Fazendo amigos

 

 

a) Para ler: Eclesiástico 6, 14 - 17
Um amigo bom e fiel vale mais que um tesouro

b) Para conversar
1. 
Você tem amigos(as)? Muitos ou poucos?


2. O que você acha mais importante numa amizade?

3. Quais são os defeitos que seus amigos(as) observam em sua pessoa? Você concorda ou discorda deles?

c) Para saber
Em Pr 18, 24b, lemos: "Há amigos mais queridos do que um irmão".

Isso quer dizer que há irmãos que não são amigos! A amizade não acontece ao acaso. Para que duas pessoas sejam amigas, é preciso várias coisas:

- devem conhecer-se bem;

- uma deve respeitar a outra em seus próprios limites e capacidades, em seu modo de vida;

- sinceridade e honestidade em todas as ocasiões;

- devem ajudar-se mutuamente no crescimento pessoal, ou seja, estarem sempre à disposição para os desabafos e os problemas. Se for preciso, devem aconselhar-se nas dificuldades e nos defeitos que uma encontra na outra;

- não podem desprezar ou fazer pouco caso das demais pessoas que não partilham a mesma amizade;

- não devem aproveitar-se uma da outra.

Isso tudo também se aplica à amizade entre pais e filhos, esposo e esposa, irmão e irmã, colegas de trabalho etc.

Sem um entrosamento num círculo bem amplo de amizades, ninguém consegue crescer no amor e na partilha, não progride muito na vida.

d) Para viver

A verdadeira amizade leva até Deus e à prática do Evangelho. Assim sendo, aquela que leve ao pecado, ao vício, ao crime não é verdadeira amizade.

Quem vive sem amigos, isolado, acaba ficando triste, solitário, egoísta, angustiado, pão-duro, só pensa em si mesmo, vive com medo de tudo e de todos, vive inseguro, torna-se antipático.

A amizade verdadeira traz muita alegria às pessoas e confiança na vida. Quem tem verdadeiros amigos e tem também Jesus por amigo vence com facilidade os problemas da vida. Jesus é um amigo que nunca vai nos "deixar na mão".

e) Para fazer

Escreva num papel os nomes das pessoas de sua família, de sua classe, de sua rua, que ainda não são seus amigos, e faça um plano para que passem a ser.

f) Para rezar
Senhor Jesus Cristo,/que fizeste tantos amigos em vossa vida aqui na Terra,/ajudai-nos a ter amigos/ que nos auxiliem a melhor amar-vos./ Vós, que sois Deus com o Pai,/ na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

 

Segunda, 03 de junho de 2014

 

                     Sinais, Gestos e Símbolos da Santa Missa

DESDE OS primeiros séculos, os cristãos sentiram a necessidade de expressar seus louvores a Deus através de gestos, símbolos e sinais, que fossem também compreensíveis a todas as pessoas. Assim, com o passar dos séculos, a Liturgia da Missa se desenvolveu e se enriqueceu. Para aproveitar as inúmeras graças concedidas durante a Santa Missa, todo fiel deve tentar conhecê-la melhor e não simplesmente repetir o que os outros fazem ou dizem, sem saber o porquê. A Missa compreendida pode ser mais amada, e muito bem amada! No entanto, ninguém ama aquilo que não conhece e, dessa forma, acaba por não se beneficiar tanto quanto poderia.


Gestos, Símbolos e Sinais

Assim como toda a nossa vida, também a Missa é formada por gestos, símbolos e sinais. São meios humanos para expressar a adoração, a reparação, o agradecimento e as súplicas que podemos elevar a Deus, além de nossas intenções pessoais. Obviamente, tudo isso possui significado específico dentro da Missa, que deve ser celebrada e assistida de maneira lúcida e não de qualquer modo; em caso contrário, perdem o seu imenso, tremendo valor. Quando fazemos algo sem saber o seu significado e o seu motivo, que valor poderá ter para Aquele a quem é dirigido? Portanto, toda Liturgia é formada por estes três elementos: Sinal, Símbolo e Gesto.

Sinais – Sinal é o que nos faz lembrar ou que representa algo, seja um fato ou um fenômeno, presente, passado ou futuro. Para deixar um exemplo vulgar, quando colocamos galhos ou ramos de árvores em uma curva na estrada, alertamos aos outros carros que pode haver um acidente ou veículo parado na estrada, logo após a curva. Podemos dizer que o sinal ou figura é sempre menor que o seu significado. Um outro e melhor exemplo de sinal, dentro do ambiente cristão, é o uso da vela: a chama de uma vela acesa pode significar a Luz Divina ou claridade da vida eterna, que nunca se acaba. Observe que ambos os exemplos, mundano e sagrado, são do conhecimento universal.
Símbolos – O símbolo, ao contrário do sinal, exige um conhecimento especial prévio. Pode não representar nada para as pessoas que não convivem num determinado meio ou não pertencem a certo ambiente. Os primeiros cristãos desenhavam cruzes e peixes nas catacumbas onde se escondiam da perseguição romana. Por que peixes? Porque a palavra "peixe", em grego (IXTUS), correspondia à abreviação da expressão "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador".
Gestos – Os gestos são movimentos que fazemos com nossos braços, mãos, pés, cabeça, etc., ou, ainda, com todo o nosso corpo, e que também possuem significados. Na Missa, os gestos devem ser sinceros, pois são dirigidos ao Sagrado. E quando todos fazem o mesmo gesto, demonstra-se a unidade da comunidade. Unir as palmas das mãos durante a oração significa súplica e entrega a Deus; ajoelhar-se pode significar adoração; inclinar a fronte significa concordância; elevar as mãos pode significar louvor e/ou ação de graças. Sentar-se com o tronco ereto e o corpo voltado para o Altar significa atenção.
Quando se evoca a Presença Real de Jesus Cristo na Comunhão Eucarística, é importantíssimo que você compreenda a maravilha e a magnitude do que ocorre naquele momento: o Apóstolo São Paulo diz que quem se aproxima indignamente da sagrada Mesa, come e bebe sua própria condenação (1Cor 11, 28-29). É difícil ser mais severo do que isso, e com toda a justiça! Quando o Corpo e o Sangue de Cristo forem elevados pelo sacerdote, adore e agradeça. Aproxime-se da Sagrada Eucaristia com reverência: é Deus mesmo que você vai receber!
Antes e acima de tudo, lembre-se: você deve assistir à Santa Missa com gratidão e alegria no coração; com devoção, profundo amor e reverência. Você está participando da Renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo para a sua salvação e de toda a humanidade. Nunca se esqueça do quão importante é isto.

Sexta, 30 de maio de 2014

                                             

                             AMAR PARA ALÉM DO AGORA

(Pe. Zezinho, scj)

 
    Os que se amam querem-se para além do corpo: são cúmplices de alma. Ele descobre nela o mistério e a importância de ser mulher, porque ela ou é, ou será mãe dos seus filhos. Ela descobre nele o mistério e a importância de ser homem, porque ele será ou é o pai dos seus filhos. O que os move não é apenas o prazer do sexo: é o prazer da pertença, da presença e da continuidade. Também há libido e desejo carnal, mas há um algo mais que transcende ao corpo, à libido e ao desejo. 

    Para eles as palavras eu te amo, eu te quero, tem outra dimensão. Ela pode contar com ele para o que der e vier, ele conta com ela, sempre, para o que der e vier. Nem um, nem outro acham palavras para descrever o que realmente sentem um pelo outro, mas um sabe o que o outro sente. 

     Toda essa gama se sentimentos duradouros que incluem confiança, esperança, perdão, admiração, desejo, eles condensam numa palavra: "amor". Assim se tratam. E quando são religiosos, atribuem a Deus a graça de um haver encontrado o outro. Num mundo de bilhões de pessoas, de repente os dois se acharam e de tal maneira se encaixaram que há séculos pareciam ter sido feitos um para o outro. 

     Era alguém como ele que ela buscava, alguém como ela que ele buscava. Um dia, em algum lugar, em determinada circunstância, os dois olhares se cruzaram. Não se imaginam separados nunca mais, nem mesmo na eternidade. 

      É por isso que amar é diferente. Isto que se vê nas capas de revistas de bancas, nos vídeos pornográficos, nos programas ousados de televisão, em novelas, nas praias e nas ruas é desejo oculto ou expresso de acasalamento momentâneo. Amar é outra coisa. Casais que se amam sabem a diferença. Os que descobrem que não se amavam e pessoas que jamais amaram, terão um pouco mais de dificuldade para entender esta relação. Por isso, é preciso ouvir os que amam. São donos de si mesmos, mas sabem que já não se pertencem. Amam-se porque um descobriu parte do mistério do outro! O que falta eles pretendem descobrir durante um longo casamento. O amor quando é amor, trabalha com o mistério do tempo...

 Sexta, 30 de maio de 2014

 

          COLOQUE SUA FÉ NO SENHOR E ELE LHE DARÁ A VITÓRIA


1. Jerobaal (isto é, Gedeão) levantou-se bem cedo. Ele e suas tropas acamparam junto à fonte de Harad. O exército de Madiã estava acampado mais a norte, no vale ao lado da colina de Moré.
2. O SENHOR disse a Gedeão: “Estás levando gente demais contigo para que eu entregue Madiã a suas mãos. Israel poderia gloriar-se às minhas custas, dizendo: ‘Foi minha mão que me salvou’.
3. Portanto, dá este aviso a todo mundo: ‘Quem estiver com medo e a tremer, que volte e se retire do monte Gelboé’”. Então vinte e dois mil homens da tropa voltaram, enquanto só dez mil ficaram.
4. O SENHOR tornou a falar a Gedeão: “Ainda há gente demais. Manda-os descer até à água. Lá, eu farei a seleção para ti. Quando eu te disser ‘este vai contigo’, ele irá; de quem eu te disser ‘este não vai contigo’, esse voltará”.
5. Gedeão mandou o povo descer até à água. E o SENHOR lhe disse: “Põe de um lado os que lamberem a água com a língua, como faz o cão; e os que beberem ajoelhados, põe do outro”.
6. Os que lamberam a água — levando-a à boca com as mãos — foram trezentos. Todo o resto do povo bebeu a água ajoelhado.
7. O SENHOR disse a Gedeão: “Eu vos salvarei com os trezentos homens que lamberam a água, entregando os madianitas em tuas mãos. E todo o resto do povo pode ir para casa”.
8. As provisões e as trombetas foram destinadas aos que iriam lutar. Ao restante dos israelitas, Gedeão ordenou que se retirassem para as suas tendas, enquanto reteve os trezentos consigo. Abaixo deles, no vale, estava o acampamento dos madianitas.
(Jz 7,1-8)
   Vejam, meus irmãos, que esse pequeno trecho nos traz dois ensinamentos. Nós que vivemos nessa batalha diária, que vivemos num constante combate espiritual, temos hoje duas receitas de vitória, cujas respostas precisam estar corretas, assim como numa prova de vestibular. Se você respondê-las corretamente terá a vitória no Senhor.

A primeira pergunta é: "Em quem você tem colocado sua segurança?"Esse é o primeiro questionamento que Deus nos faz. Onde eu coloco minha segurança hoje? Em Deus ou nos homens? Não podemos atribuir a nós mesmos as conquistas de nossas vidas, ou escolher como vamos vencer, pois é Deus quem nos guia para a vitória e toda honra e toda glória são méritos d’Ele. Se coloco minha segurança em Deus é certo que Ele me dará a vitória. Ele estará ao meu lado e me guiará. 

  E não nos enganemos em pensar que Deus nos abandonou quando tudo está desmoronando ao nosso redor. O que acontece é que nós ainda estamos em combate. O Catecismo da Igreja Católica já nos ensina que estamos passando por um momento de luta, que antes da vinda gloriosa do Senhor, a Igreja deve passar por uma provação final, que abalará a fé de muitos crentes. 

  Meus irmãos, quantas vezes na vida vocês já sentiram a fé abalada? Quantas adversidades fizeram a sua fé estremecer? Estamos em um momento de luta e devemos colocar nossa segurança em Deus para que, lá na frente, Ele nos dê a vitória. Por isso, coloque sua fé no Senhor. 

A segunda pergunta é: "Como temos bebido a água da vida que Deus nos oferece?" O Senhor oferece a água da vida para todos, Ele nos diz: “Aquele que tem sede, venha a Mim e beba!” E nesta hora vemos que, em muitos momentos, bebemos dessa água com medo, na covardia e ajoelhados. E na Palavra o significado desse "ajoelhar-se" não é um sinal de adoração, é um ajoelhar-se num ato de prostração. Não podemos ter medo, somos seres humanos e amados por Nosso Senhor Jesus Cristo, não podemos beber a água da vida como bois ou cavalos, temos que beber como verdadeiros guerreiros. Somos chamados hoje a pensar do jeito de Deus e não do jeito do mundo, como a maioria. Por isso, meu irmão, você que foi chamado a pensar como o Senhor nos pede, reflita no modo como você tem bebido a água da vida oferecida a você pelo Senhor: Como um covarde que murmura ou como um valente guerreiro? Não permita que a vida o derrube! Beba dessa água como um valente guerreiro!

  Quero terminar dizendo a você que nós não somos covardes! Nós somos filhos de Deus! Seguimos o Ressuscitado, Aquele que venceu a morte, por isso é certa a nossa vitória. Peça ao Senhor, no dia de hoje, que lhe dê forças para enfrentar as tribulações que tem vivido, peça ao Espírito Santo essa água da vida. Se você vive um momento de batalha, se hoje a Igreja vive um tempo de luta, não podemos fugir, com Deus é certa a nossa vitória. 

  Nós queremos a vitória, Senhor, por essa razão tomamos posse dela. Colocamos no Senhor toda nossa esperança. Vamos beber dessa água e conquistar a vitória, porque o Senhor caminha conosco. 

 Neste momento, envolvidos pela graça de Deus, entregamos toda a nossa vida ao Senhor para que Ele seja nossa segurança. Amém!

 Sexta, 30 de maio de 2014

 

 

                    VOCÊ SE LEMBRA QUANDO DEUS O ESCOLHEU?

26. De fato, irmãos, reparai em vós mesmos, os chamados: não há entre vós muitos sábios de sabedoria humana, nem muitos poderosos, nem muitos de família nobre.
27. Mas o que para o mundo é loucura, Deus o escolheu para envergonhar os sábios, e o que para o mundo é fraqueza, Deus o escolheu para envergonhar o que é forte.
28. Deus escolheu o que no mundo não tem nome nem prestígio, aquilo que é nada, para assim mostrar a nulidade dos que são alguma coisa.
29. Assim, ninguém poderá gloriar-se diante de Deus.
30. É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus, sabedoria, justiça, santificação e libertação,
31. para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.
(I Co 1,26-31)
  Jesus conhecia todos os Seus discípulos, e os escolheu não pelas suas façanhas neste mundo, mas por aquilo que traziam em seu interior. Cristo os escolheu mesmo sabendo que Pedro O negaria e Judas O trairia. Por saber que cada um deles tinha papel fundamental na missão salvífica d'Ele em meio a nós.

E da mesma forma como Jesus escolheu Seus apóstolos, Deus nos escolhe. Você já observou como crescemos quando estamos perto d'Ele? Eu, antes de entrar para a Canção Nova, jamais havia gravado um CD, não conhecia outros países, ou apresentado um programa, mas mesmo conhecendo minhas limitações, Deus me escolheu para tudo isso.

  Neste dia, você precisa entender que Deus escolheu você, e não foi por mérito, mas por escolha d'Ele. O Altíssimo é capaz de nos olhar com olhos que talvez nós jamais compreendamos, apenas Ele sabe. 

  O apóstolo Mateus era um cobrador de impostos, profissional que, naquele tempo, era odiado por todos e tido como pecador por utilizar da sua posição para tirar vantagem do povo. Mas esse homem de Deus, uma vez, disse que se, algum dia, tomou algo além do que era justo de alguém, devolveria quatro vezes mais a essa pessoa. E, nesse fio de honestidade e justiça, talvez Jesus tenha visto um coração bom e capaz de mudar. 

  Como Judas, que, por limitação humana, não suportou a cruz para a qual havia sido chamado. Mas eu tenho certeza de que, nos últimos segundos, já com a corda no pescoço, ele se arrependeu do ato praticado e pediu perdão a Deus. Judas é incompreendido por muitos, como você e eu talvez o sejamos, mas Deus não se importa com isso, pois viu em nós algo muito maior. 

Aquele que vive buscando a própria glória nada mais faz do que se afastar do Pai, pois quem realmente deseja se cobrir de glória deve fazer isso no Senhor .

   Você possui um grande significado para o Senhor, Ele escolhe aquele que não tem nome ou prestígio. E, com isso, Ele mostra que os que se exaltam serão humilhados, mas os que se humilham serão exaltados. 

  Você se lembra de quando Deus o escolheu? Quando Ele o chamou pelo nome? Talvez não, mas o Senhor guarda esse dia como se fosse hoje. E, assim como os apóstolos, agora você é um pescador de almas, responsável não só pela sua salvação, mas por aqueles que veem em você um exemplo de homem e mulher de Deus. Por essa razão sua responsabilidade hoje é muito maior do que imagina. O chamado de Deus é único e definitivo, ao assumi-lo, você está dizendo seu “sim” a Ele. 

  A escolha já foi feita pelo Senhor, e você só precisa permitir que Sua obra aconteça por intermédio de você. Acredite: você não foi escolhido por acaso, mas sim como exemplo para aqueles que se acham sem utilidade. 
                                                                                                                      Dunga

Sexta, 30 de maio de 2014                      
                                             
                                               Anime-se!
 

                                                              Texto Base: (João 16:33).

                            "Mas tende bom ânimo, eu venci o mundo"

 
Alexander Solzhenitsyn disse que  apenas  uma  vez,  durante
todo o seu longo tempo encarcerado em um campo de  trabalhos
forçados  na  União  Soviética,  sentiu-se  desencorajado  e
pensou em suicídio. Ele estava fora do campo, destacado para
um trabalho especial, e era tão grande o seu desânimo que já
não se importava mais em viver ou morrer. Aproveitando  uma
pequena pausa do trabalho, ele se sentou  para  descansar  e
logo um estranho sentou-se a seu  lado. Era  um  homem  que
jamais havia visto antes e que  igualmente  nunca  mais  viu
depois. Sem nenhuma razão aparente, o homem pegou uma vara e desenhou uma cruz no chão.

Solzhenitsyn ficou ali sentado olhando para aquela cruz por longo  tempo. Mais  tarde  ele escreveu: "Olhando fixamente para aquela cruz, eu percebi que ali encontraria liberdade." Foi naquele momento, em meio a uma tormenta , que ele encontrou coragem e novo ânimo para viver. A tempestade não terminou naquele dia, mas por Jesus, Solzhenitsyn encontrou a força para superá-la.

Talvez  estejamos  lendo  esta  reflexão  neste  momento   e
experimentando  também,  como  o   personagem    de    nossa
ilustração, uma situação difícil e sentindo  que  as  forças
nos faltam, que não há solução e que a melhor coisa a  fazer
é  desistir  de  lutar.  Ficamos  conformados   com    nossa
impotência e aceitamos, resignados, a derrota.
 
Mas nem tudo está perdido. Há solução para nosso  caso,  por
mais complicado que pareça. Jesus Cristo nos ama e, por nós,
entregou-se  em  uma  cruz.  Ele  o  fez  para  que,   nele,
pudéssemos ser mais do que vencedores. 
Seja qual for a tempestade  que  estejamos  enfrentando  nos
últimos dias,  ou  mesmo  neste  exato  momento,  os  nossos
corações precisam estar abertos  e  confiantes  e  poderemos
ouvir uma voz suave e  meiga  falando  com  grande  ternura:
"Anime-se,  sou  Eu;  não  tenha  medo."  A  tempestade  irá
embora... e Jesus continuará junto a nós.
 
Confie no Senhor e a bonança logo virá.